A prova decorrerá na Ponta da Praia (Santos) em frente ao Museu de Pesca, pelas 10h00(hora local). Mas o leitor, neste momento, deverá estar a perguntar o que é um barco-dragão? Estas embarcações são originais da China, e têm este nome porque apresentam uma cabeça e uma cauda de dragão na proa e na popa, respectivamente. Medem 12,4 metros de comprimento, 1,16 metros de largura, pesam 250 Kg e atingem velocidades na ordem dos 22 Km/hora. Cada barco leva 22 homens (20 remadores, um no leme e um a tocar tambor, para marcar o ritmo das remadas).
Esta modalidade já existe há mais de 2 mil anos, mas só há pouco tempo é que foi criada a Federação Internacional de Barcos-Dragão, que tem a sua sede em Hong Kong, e mais de 60 países filiados, entre os quais, Portugal.
Em declarações ao site 360 graus, Fábio Paiva revelou que "a Dragon Boat é uma grande diversão para qualquer pessoa, seja ela jovem ou idosa. E é muito fácil de se adaptarem".
O santista acrescentou ainda que acompanha a modalidade desde o ano 2002, mas "só agora é que surgiu a oportunidade de a trazer para o Brasil".
O estreante na Dragon Boat, que está no mundo da canoagem há 25 anos, acha que teve "um privilégio ao ingressar neste desporto, onde a minha vida começou a mudar: ganhei qualidade de vida, pois as minhas noções de valores e de troca de energia com a natureza aumentaram. Assim como fui o primeiro brasileiro a praticar a canoagem oceânica [Maratonas] e a canoa, a Dragon Boat faz parte de uma sequência de um trabalho de massificação da cultura náutica brasileira. Vejo a Dragon como a festa dos desportos, da família, dos amigos e das empresas."
A ideia de Fábio Paiva é difundir as novas modalidades em todo o Brasil, mas sempre tendo Santos como "porta de entrada": "Queremos integrar todos os brasileiros, mas agora o que intressa mais é festejar e brindar com os grandes amigos aqui da terra".
O canoísta lembrou ainda que a Dragon Boat é a única embarcação que foi criada puramente por uma questão cultural, pois as canoas e os kayaques eram utilizados na exploração de novas terras e na pesca, respectivamente.
Outro dos objectivos do santista é implantar a cultura oriental ou havaiana no Brasil: "Acho fantástico o respeito e importância que os orientais e havaianos dão aos mais velhos. Este é outro conceito que quero implantar no Brasil. Vamos incentivar os nossos pais e avós a praticarem desporto. Além disso acho que no nosso país faz falta uma cultura de sociabilização, ou seja, o respeito pelos parceiros, o compartilhar, o brindar e o contato com a natureza."
Fábio Paiva terminou dizendo que "acho que [a Dragon Boat] vai ser um sucesso, não só entre os remadores já existentes, mas também entre as crianças. E eu sinto-me um garoto realizando sonhos. Para mim, nada é mais gratificante do que a auto-realização".
Jornalista: João Miguel Pereira
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